A reflexão sobre o tema do Outro como uma questão filosófica é muito recente, se considerarmos toda história da Filosofia, e que ainda encontra-se em curso. Pensar o Outro numa cultura que supervalorizou o Ego e o elegeu como pressuposto óbvio do saber e da vida, é um tanto desafiador, exigindo do pesquisador e do leitor um profundo esforço reflexivo e ético. A questão da alteridade é a motivação da presente pesquisa e seu fio condutor. Neste livro, o autor investiga a questão da alteridade por meio do signo do Rosto na obra Totalidade e Infinito, de Emmanuel Levinas, enfatizando a fenomenologia do apelo ético. É inegável que vivemos uma profunda crise de humanismo e dos nossos marcos civilizatórios. Este livro incumbe-se da tarefa de descrever o despertar para o apelo ético contido no olhar que nos interpela. Num esforço epistemológico e ético, o autor buscar explicitar como Levinas desenvolve o intercâmbio relacional do apelo e da resposta na intersubjetividade: o apelo de um Rosto e a resposta de um sujeito que é constituído ao responder. Que estas páginas possam suscitar provocações no âmbito da sensibilidade, da reflexão e, quiçá, seja inspiração de vida, como um “outro modo que o ser”. Através das interpelações propostas por Levinas, tenhamos a oportunidade para revermos o sentido do humano na perspectiva de uma subjetividade constituída como abertura, hospitalidade e responsabilidade.

Trata-se de uma compilação de artigos de Filosofia da Arte e Estética escritos para a coluna Arte e Cultura do Jornal Diário do Rio, durante o período de 2019-2021. Os artigos abordam questões que envolvem obras de arte, além de debates em torno da afrocentralidade e de personalidades artísticas marcantes, e que procuram traçar um panorama crítico sobre a produção cultural no Brasil e no exterior.

Esta obra tem como norte, esquivar-se da coesão quid pro quo do sucesso informativo sintático popular, onde agentes que colaboram com a combustão econômica de um ente catalogado como centralizador, além de financiar diretamente a conservação da corrupção de suas partes, são cúmplices da deterioração do pensamento crítico. O ser humano não é mais uma máquina evolutiva e sim uma esponja de informação. Baixaram-se as tochas pois disseram que os monstros haviam ido embora, e como a tecnologia nos aproximou na tentativa de iluminar nossas relações, perdemos a visão noturna. Nossa percepção está ruindo diante a saturação informativa e destruindo os sonho de prosperidade e bem estar da sociedade, no levando a uma decadência eminente.