“Os livros de Joel Macedo têm cheiro, cor, trilha
sonora, temperatura.
A imersão na bolha contracultural dos saudosos
anos 60 é completa”

Pedro Emmanuel Goes
jornalista

“Livro saboroso, para ler de uma sentada só.
Um convite para refletirmos sobre a diversidade
de raça, gênero e religião nos dias de hoje.
De quebra, o autor nos leva a um delicioso passeio
pela Nova York musicalmente borbulhante da
era Kennedy”

Cíntia Barreto
produtora cultural

Rogério desperta para a vida social, praticamente aos
19 anos, já matriculado numa
Universidade Federal, com toda uma bagagem de medo e aflição, tendo em vista suas rusgas sentimentais em que o pai, a despeito do carinho familiar, tinha uma preocupação com o futuro dos filhos.
Através de uma amizade que o alertou para os descaminhos durante seus estudos, convivendo com todo tipo de classe social, cada um com seus objetivos, até mesmo escusos: de um
Mestre que, possivelmente desvirtuaria, em face das suas ideologias, visões político-partidárias defendidas em seus livros, na sala de aula, como nas redes sociais: por fim, uma amizade mais do que sincera, uma colega de turma, também lutando contra as agruras da vida, que o colocou no caminho do futuro que ambos esperavam.

Em Boa Vista (Tocantinópolis), no extremo norte goiano e no ano de 1892, o Intendente Francisco de Sales Maciel Perna e o Juiz Hermeto Martins resolveram levar a julgamento o caso Gouveia, contrariando os interesses do Coronel Carlos Gomes Leitão.
Leitão, que havia perdido as eleições para Perna, reagiu invadindo a cidade, para eliminar as autoridades ou expulsá-las.
Os dois grupos travaram uma guerra de ódio, rapinagem e extermínio. O conflito durou dois anos, eliminou famílias inteiras, estuprou, crucificou e praticou toda sorte de atrocidades.
Quando os pernistas estavam quase vencidos, e a região arrasada pelo banditismo leitonista, surgiu a figura de Zé Dias, o General do Sertão. Homem simples, Zé Dias liderou a reação popular, tornou-se imbatível e virou lenda no sertão.
A guerra provocou uma verdadeira diáspora de Boa Vista, empurrando a população para o Oeste e ajudando no surgimento de outras cidades, como Conceição do Araguaia e Marabá, por exemplo.

“A literatura existe. Ela é lida, vendida, estudada. Ela ocupa prateleiras de bibliotecas, colunas de estatísticas, horários de aula.  Ela é vivida, cotidianamente, pelo homem civilizado e contemporâneo como uma experiência específica, que não se assemelha a nenhuma outra.”

(R. Escarpit, Le Littérarie et le social)

  Sem dúvida alguma, R. Escarpit, escritor francês, definiu, lindamente, o que é literatura. A literatura é a arte da palavra. É uma maneira singular de enxergarmos o mundo e, também, modificá-lo.

 Com esse objetivo, criou-se esta Antologia, CAFÉ CO(N)VERSO, composta por vários textos, de vários autores dos quatro cantos do nosso Brasil varonil.

  Pessoas que acreditam em mudanças, que pensam e querem fazer pensar seus leitores.

  Parafraseando Marisa Majolo, teórica literária, escreve-se para entender o mundo, para viver melhor.

Que esta obra não seja apenas um objeto, mas sim, como qualquer produto cultural, uma promovedora de mudanças, por meio das várias vozes, que agora deixam de ser silenciadas.