Nina Carneiro
NO LIMIAR DO ESPECTRO
NO LIMIAR DO ESPECTRONo limiar do espectro: é um título enigmático, carrega consigo infinitos sentidos. Espectro habita o ser e o não-ser, é tudo o que pode estar entre esses estados. Espectro pode ser uma luz (como o arco-íris de Newton), pode ser sombra, pode ser fantasma, passado e futuro. Limiar é o que está ao mesmo tempo na Terra e no espaço sideral, é o estado dúbio de estar no mundo e fugir da realidade imposta. Limiar é o que parece estranho e familiar ao mesmo tempo, como uma memória perdida que retorna à superfície da duração. Neste livro, o segundo de Nina Carneiro [é estranho mencionar meu próprio nome na terceira pessoa], neste espaço limiar, são explorados temas como o tempo, a existência, o sonho, a estranheza, a familiaridade, o cosmos, as coisas grandes e distantes, as grandes coisas pequenas e própria poesia.
“Fui ler os poemas da Nina e quem foi lida fui eu.” – Sarah Gulik
DEVANEIO COERENTE
DEVANEIO COERENTEFruto de uma inspiração tipicamente saint-exuperiana, essa poesia viaja pelos intermédios da Terra e do espaço sideral. As constelações refletem na pupila ao contemplar o universo e suas possíveis razões de existências. Enquanto a crise existencial de Hamlet corre pelas águas do rio Heráclito, um universo onírico se desvela e traduz as entranhas da alma sob a forma poética. Surge, então, um contexto que proporciona uma série de devaneios idiossincráticos.